Jesus, nossa Páscoa

1Co 5.7,8

A páscoa hebraica revelada no livro do Êxodo, fala do episódio em que Deus tirou Israel do Egito e começou a conduzi-lo rumo à terra prometida. O evento da páscoa é o fechamento de uma série de outros eventos que possibilitaram o êxodo israelita.

Ao olharmos para a páscoa de Israel e compará-la com o texto de 1ª Coríntios 5.7, 8, percebemos alguns simbolismos presentes naquele evento que muito dizem respeito a nós cristãos.

Primeiramente, a páscoa fala da libertação da opressão vivida por Israel no Egito. Israel esteve, segundo a Bíblia, cerca de quatrocentos anos no Egito. A opressão não durou todo esse tempo, mas durou bastante. Essa opressão despertou o Senhor Deus para o sofrimento de seu povo e fez com que ele comissionasse Moises para executar a libertação tão desejada (Êx 3―4). Da mesma forma, sendo Cristo o nosso cordeiro pascal, ele também nos chama à liberdade dos poderes opressores que agem em nossas vidas. Paulo diz aos colossenses que Deus nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino de seu Filho amado (Cl 1.13). Então, assim como para Israel a Páscoa representava a libertação do Egito, para nós, os que cremos em Cristo, representa a libertação do poder de Satanás e de sua opressão. Somos, assim, livres em Cristo.

Em segundo lugar, a Páscoa hebreia aponta para uma cerimônia de comunhão, celebração e compartilhamento, pois deveria ser praticada numa refeição familiar, onde, caso a família fosse pequena demais para comer sozinha o cordeiro, deveria compartilhá-lo com outra família (Êx 12.1-4). De igual forma, Cristo, como nosso cordeiro pascal, nos libertou da opressão para nos introduzir numa celebração de comunhão e compartilhamento. Ser cristão envolve celebrar a alegria da comunhão (vida em comum) e do compartilhamento (repartir o pão). Esse é o símbolo presente no ritual da ceia (pão e vinho que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo [cordeiro pascal] compartilhado por todos os que creem).

No entanto, além de representar a libertação da opressão e a introdução em uma nova comunidade de comunhão, a páscoa hebreia trazia consigo a expectativa do futuro melhor. Israel, ao sair do Egito, iniciou uma caminhada rumo à terra da promessa. A Igreja, de igual forma, ao crer em Jesus Cristo, inicia uma caminhada rumo à nova terra e ao novo céu (Ap 21).

Assim sendo, como nosso cordeiro pascal, Cristo nos introduziu em uma nova esfera de vida, onde somos livres da opressão passada, vivendo em uma comunidade de comunhão, celebração e compartilhamento, caminhando na expectativa da nova vida que se concretizará na eternidade.

Fé e força!

Pr. Rochael Ferreira