A vida que vale a pena (Dt 34.7)

Todos sabemos que vamos morrer. É inevitável. Portanto, tendo a certeza de que morreremos, penso ser necessário viver de uma maneira que valha a pena, de uma maneira que resulte em um significado maior do que simplesmente nascer, crescer, ganhar dinheiro e morrer.

A Bíblia fala de Jeorão, o rei que morreu sem deixar de si saudades e sem que ninguém o lamentasse (2Cr 21.19,20). Creio que esse não é o tipo de vida que alguém queira.

Olhando para a trajetória de Moisés, percebo algumas pistas que ajudam àqueles que querem viver uma vida que vale a pena.

Em primeiro lugar, tenha a relação com Deus como bem maior de sua vida e abra mão do que for necessário para que tal relação seja mantida (Hb 11.23-27). Esse é com certeza o epitáfio (aquela inscrição nos túmulos) mais honroso: aqui jaz alguém que abriu mão de tudo para viver com o seu Deus. Moisés abandonou o Egito para ser maltratado com o povo de Deus. E por quê? Porque ele tinha um relacionamento com Deus e isso era o mais importante para ele.

Além da relação com Deus estar acima de tudo, tenha um propósito, uma missão que guie você na caminhada. Saiba pelo que você vive. Êxodo mostra que Moisés tinha um senso de missão que o mantinha firme nas suas decisões e posturas. Por pelo menos oito vezes ele se apresentou a Faraó pedindo que o rei deixasse Israel ir ao deserto adorar a Javé. Em nenhum momento ele cedeu às propostas de Faraó, mas manteve-se firme no propósito de Deus para sua vida.

Em terceiro lugar, o crente deve se alegrar pela certeza de que a obra de Jesus é verdadeira e ele quer nos dar uma alegria completa (1Jo 1.1-4; Jo 16.24; 17.13). A obra de Jesus não foi uma fantasia. Posso me alegrar nela, pois a alegria que Cristo proporciona não é por partes, mas é completa. João está dizendo: nós o vimos, ele é real. Posso ter uma alegria completa nele.

Por fim, o crente deve se alegrar pelo fato de que Cristo virá para tirá-lo deste mundo tenebroso, pois Jesus foi preparar lugar para nós e ele voltará para nos levar para lá (Jo 14.1-3). Quem ama Jesus se alegra pelo fato de ele ter ido para junto do Pai, pois é do Pai que ele virá outra vez para nos buscar (Jo 14.28; 16.28).

O cristão não tem motivos para viver cabisbaixo. Apesar de todas as lutas que enfrentamos, somos o povo mais alegre dessa terra, pois temos nossos nomes escritos no livro da vida, nos céus, temos a presença de Deus conosco, sabemos que a obra de Jesus é verdadeira e a alegria que ele nos dá é completa e, acima de tudo, somos alegres porque ele virá nos tirar deste mundo e nos levará para estarmos com ele para sempre.

Alegrem-se sempre no Senhor.

Novamente direi: alegrem-se!

Fé e força.

Rochael Alves Ferreira